Translate

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ANÁLISE DA MAIORIDADE PENAL COMO CLÁUSULA PETREA E A POSSIBILIDADE DE MEDIDA ALTERNATIVAS AO ECA.

A legislação brasileira definiu a idade da responsabilidade penal na Constituição Federal no artigo 228, no Código Penal Brasileiro no artigo 27 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em seu art. 104, caput, classificando como indivíduos penalmente inimputáveis, aos menores de 18 anos, determinando, ainda, que tais indivíduos fiquem sujeitos à lei especial. Lembrando que, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) busca a proteção plena e irrestrita à criança e ao adolescente, contudo não visou à impunidade como forma de proteção, como norma ordinária poderá ser revista pelo Poder Legislativo o qual poderá readequá-lo oferecendo maior liberdade ao magistrado para impor reprimendas mais efetivas.
 
A alteração também deve ser entendida sem o romantismo que acerca a questão, em que pese à crise carcerária existentes no Brasil e a sua magnitude aos cofres públicos, o impacto social que a medida traria e a sensação de reprovação sobre a incidência de delitos cometidos com a participação de adolescente.
 
Quanto ao conceito de criminologia, prevalece o proposto por Antonio García-Pablos de Molina: ciência empírica interdisciplinar que visa o estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, a fim de fornecer uma informação válida e bem examinada sobre a origem, evolução e principais variáveis do crime considerado como problema individual e social, assim como sobre os meios de sua efetiva prevenção e técnicas de intervenção positiva no delinqüente.
 
 
 
Para se fazer uma ponte com a política criminal, é interessante destacar outra afirmação feita por Roberto Lyra. Segundo o exposto pelo autor, a criminologia deve orientar a Política Criminal: a) na prevenção especial e direta dos crimes socialmente relevantes; b) na intervenção relativa às suas manifestações e aos seus efeitos graves para determinados indivíduos e famílias.
 
Assim a emancipação de adolescentes infratores que cometerem crimes hediondos face da sua acentuada periculosidade, deve ser analisada não só a idade biológica do autor, mas o seu conhecimento do fato, a vontade livre e o desejo de praticar o ilícito, não podem ser ignoradas pela sociedade e pelo julgador, o que evitaria a impunidade que existente hoje.

Videogames e Visões

E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. - Joel 2:28
 
Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus, chamar. - Atos 2:39
 
E a palavra do Senhor veio a mim: “O que você vê, Jeremias?” Vejo o ramo de uma amendoeira, respondi. O Senhor me disse: “Você viu bem, pois estou vigiando para que a minha palavra se cumpra. - Jeremias 1:11 e 12
 
Pela primeira vez desde que Gutemberg inventou a imprensa em 1530, nós temos no mundo uma geração que aprende primeiramente através de imagens gráficas e visuais, e não através da palavra impressa. A geração do DVD, YouTube e Videogame é uma geração visual.
 
Não é por acaso que Deus tem prometido na sua palavra que nos últimos dias haverá um grande derramar do seu Espírito sobre os jovens e estes terão visões. Como o adolescente profeta Jeremias, hoje nós temos uma geração - a sua geração - preparada para download revelação sobrenatural em uma forma visual.
 
No seu livro "Fire On the Horizon" (Fogo no Horizonte), Winkie Pratney explica:
Você não é a primeira geração na história que vê coisas visualmente, mas você é a primeira que pode ver uma visão repetível e controlável quando quizer, ao seu comando.
 
Ao contrário do Ezequiel, que Deus levantou no Espírito pelos cabelos da cabeça e pendurou por cima de um vale de pessoas extremamente mortas (veja Ezequiel 37), você pode escolher o filme que assistirá neste final de semana, seja em vídeo, DVD, TV-ao-cabo ou pay-per-view. Ao contrário do joven Isaías, você não tem que esperar até um rei morrer para ver algo chocante (veja Isaías 6:1).
O dom profético é a habilidade de ver o futuro e o passado no presente. Desse modo foi falado a reis das nações mais poderosas de todos os tempos, o que tem sido imitado agora tecnologicamente, em máquinas e software disponíveis em qualquer locadora de vídeo. Nabucodonozor, Faraó e Belsazar tiveram sonhos e visões, e homens de Deus falaram para lhes mostrar o que viam e o seu significado, de acordo com o próprio Deus Todo-Poderoso.
 
A sua geração é uma geração profética. Como o jovem Samuel, Deus quer te ensinar a ouvir a voz dele, e entregar a sua mensagem nestes dias, quando "raramente o SENHOR fala, e as visões não são freqüentes" (1 Samuel 3:1).

A Síndrome de Marta

Indo eles de caminho, entrou numa aldeia. E certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. Tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. 
 
Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. 
 
Respondeu-lhe Jesus: Marta, Marta, estás ansiosa e preocupada com muitas coisas, mas uma só é necessária. Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. - Lucas 10:38 a 42
 
Nesta história nós temos duas irmãs - Marta e Maria - que naquele dia receberam uma visita do Senhor Jesus na sua casa. É obvio que as duas O amaram, e estavam muito felizes com a Sua presença, porém nas reações das duas nós vemos duas respostas diferentes à Sua visitação.
 
Quando Jesus chegou na sua casa, Maria abandonou tudo para sentar aos pés do Mestre "ouvindo a Sua palavra". Certamente ela enfrentou os costumes e regras sociais da época, que diriam que a mulher não pode participar na "conversa dos homens", que ela não seria capaz de estudar e aprender do Rabi, e que seu lugar era com sua irmã na cozinha.
 
 Porém, o Senhor Jesus permitiu que ela aprendesse com Ele, sentado "aos seu pés", na postura de estudante (como nós vemos com o jovem Paulo e o professor Gamaliel, em Atos 21:3).
 
Marta, porém, estava querendo fazer o seu melhor para Jesus. Foi ela que recebeu-lo na casa, talvez sendo a mais velha das duas irmãs, e agora ela estava preparando uma refeição verdadeiramente digna do Messias. A sua preocupação com as panelas não foi um sinal de desrespeito ao Senhor Jesus, ao contrário, ela estava querendo mostrar, através da sua hospitalidade, o quanto que ela O amou e respeitou.
 
Mas o serviço foi difícil, e sem a ajuda da sua irmã, Marta acabou se atrasando mais e mais. Que vergonha, será que a refeição nunca ficará pronta? A sua preocupação aumentava, e acabou se transformando numa raiva contra sua irmã relaxada, metida, que estava sentada lá no meio dos homens. Finalmente, a explosão aconteceu e Marta interrompeu a aula do Mestre, pedindo que Ele mandasse Maria para voltar ao seu lugar, ajudando a irmã na cozinha.
 
A resposta do Senhor Jesus, dada com o maior carinho e gentileza, deve ter caído como uma bomba nos ouvidos de Marta: "Marta, Marta, estás ansiosa e preocupada com muitas coisas, mas uma só é necessária; Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada."
 
Qual foi o problema de Marta? Ela não estava fazendo o seu melhor para Jesus, querendo recebê-lo e servi-lo na melhor maneira possível? Por que, então, foi a Maria que tinha escolhida "a boa parte", a única coisa "necessária", sentando-se aos pés de Jesus, ouvindo a Sua palavra?
 
Eu creio que a raiz do problema de Marta foi que ela não discerniu o tempo em que ela estava. Quando o Senhor Jesus entrou na sua casa um novo tempo começou, um tempo de visitação. E todas as atividades do passado, mesmo que elas tinham sido importantes e até necessárias, agora foram ultrapassadas pela única necessidade daquela hora, de desfrutar da Sua presença.
 
Na Igreja, bem como na casa de Maria e Marta, nós vivemos momentos de preparo e momentos de visitação. Temos muito serviço para fazer: cultos, campanhas e projetos (e, em alguns casos, até chamamos nossos cultos de "serviços"). Participamos em atividades de evangelismo, de discipulado, congressos e conferências. Não podemos ignorar a necessidade do preparo teológico, da administração, da construção e manutenção de templos e prédios, e de prestar assistência pastoral e social. Precisamos oferecer a escola dominical, os cultos noturnos, vigílias de oração e reuniões para a juventude. Não é de estranhar que muitas vezes, nós que participamos no ministério em alguma capacidade, "andamos distraídos em muitos serviços", chegando até de estar "ansiosos e preocupados com muitas coisas."
 
Mas nunca, nunca, podemos perder "o tempo de nossa visitação" (Lucas 19:44). Naquele momento quando o Senhor Jesus se faz presente em nossa "casa", naquele momento em qual Ele responde às nossas orações para um verdadeiro avivamento, precisamos ser como Maria, dispostos a abandonar tudo - até mesmo aqueles serviços que outrora foram tão necessários e até "espirituais" - para ficar aos pés do Mestre.
 
Tempos de avivamento histórico sempre têm sido marcados pelo abandono das formas rígidas e programadas de adoração a Deus. Falando sobre o avivamento em Gales, o Dr Campbell Morgan, pastor da Capela de Westminster em Londres declarou:
"Isso é avivamento que vem dos céus; não há nenhum pregação, nenhuma ordem, nenhum hinário, nenhum coro, nenhum órgão, nenhuma oferta e finalmente nenhuma propaganda... Havia órgãos - mas eles estavam calados. Haviam ministros - mas não havia nenhuma pregação - elas estavam entre as pessoas que louvaram a Deus! Ainda o avivamento galês é um avivamento de pregação, pois todo mundo está pregando. Nenhuma ordem e ainda se move a cada dia, município para município com uma precisão sem igual, com a ordem de uma força atacante. Nenhum hinário, mas eu quase chorei por causa das canções! Quando os galês cantam eles se abandonam à canção. Nenhum coro eu disse? Era tudo coro."1
 
Semelhantemente, no avivamento da Rua Azusa, aquele humilde galpão ficou aberto de manha a noite, como relatado no Jornal do avivamento: "As reuniões começam por volta das 10 horas da manhã, e mal conseguem terminar antes das 20 ou 22 horas, e às vezes vão até às 2 ou 3 horas da madrugada, porque muitos estão buscando e outros estão caídos no poder de Deus."2 Um dos primeiros ídolos a ser derrubado no meio do povo de Deus em tempo de avivamento é o relógio, quando nós voltamos a buscá-lo "com todo o nosso coração" (Jeremias 29:13). Há mais que uma parcela de verdade naquele velho ditado que diz que "o avivamento começa depois da meia-noite" - quando somente os desesperados permanecem para buscar a Sua face.
 
Quando o Senhor Jesus visita a Sua Igreja, precisamos abandonar tudo e dedicar todo nosso tempo, toda a nossa atenção, a Ele. Somente assim nós escaparemos de ser vítimas daquela doença que já matou tantos avivamentos do passado - a "síndrome de Marta".

Jovens de Ouro

Como os preciosos filhos de Sião, que antes valiam seu peso em ouro, hoje são considerados como vasos de barro, obra das mãos de um oleiro! - Lamentações 4:2
 
Há alguns anos, quando eu estava começando a ministrar com jovens em situação de risco aqui no Brasil, eu estava dirigindo meu carro quando, de repente, esse versículo veio à minha mente. Em seguida eu senti que o Senhor estava falando comigo através de pensamentos muito claros.
 
Eu comecei a entender a diferença entre um pote ou vaso de ouro, e um que é feito de barro. O pote de barro, depois de ter passado pelo fogo, já assumiu sua forma final. Se aquele pote foi de alguma forma deformado ou distorcido, depois de ter secado não tem mais volta. Não há como o recuperar, a não ser quebrá-lo e começar de novo.
Um vaso de ouro, porém, é ao contrário. Não importa o quanto ele seja deformado, amassado ou sujo, se passar pelo fogo de novo, poderá ser refinado, purificado e reformado.
 
Eu senti que o Senhor continuou falando comigo, com uma seriedade que quase me assustou, dizendo que eu nunca poderia dizer que algum destes jovens era 'caso perdido', e que eu não poderia desistir de nenhum deles porque, mesmo sendo considerados pela sociedade como apenas barro, eles são de fato ouro. Não importa as marcas e as manchas que esta vida tem deixado na vida deles, porque Deus, com o fogo da sua presença, do seu Espírito, sempre pode purificar e recriar qualquer um.
 
Desde aquele dia, eu tenho visto a realidade destas palavras. Eu me lembro de um menino que eu expulsei de nosso projeto no morro aos doze anos de idade por causa do seu mal comportamento, e que logo se envolveu no tráfico, chegando a ser temido por muitos. Alguns anos depois, eu senti que o Senhor quiz eu falasse com ele, pedindo perdão por te-lo expulso 'para sempre', e explicando que Deus não fez isso com ele. Pouco tempo depois, a sua vida foi salva milagrosamente várias vezes, e ele 'caiu na real' e se entregou a Jesus.
 
O versículo anterior, no quarto capítulo de Lamentações, sempre me lembra os jovens que trabalham em boca-de-fumo:
 
Como o ouro perdeu o brilho! Como o ouro fino ficou embaçado! As pedras sagradas estão espalhadas pelas esquinas de todas as ruas. - Lamentações 4:1
 
As pedras sagradas estão espalhadas pelas esquinas de todas as ruas. Pedras preciosas, pedras sagradas, na Bíblia falam de vidas que serão edificadas em uma moradia para o próprio Deus (1 Pedro 2:5). Essas vidas são preciosas, são de ouro. Pode ser que o ouro tenha perdido seu brilho, mas eu tenho certeza que Deus vai restaurar esta geração para sua honra e glória.
 
Eles não são barro, são ouro.
 
Ele se assentará como um refinador e purificador de prata; purificará os levitas e os refinará como ouro e prata. - Malaquias 3:3a

domingo, 18 de agosto de 2013

Hipocrisia Religiosa


Lucas 10:25 

O mundo está cansado de um discurso religioso de amor ao próximo que não se efetiva na prática. Jesus atacou severamente a hipocrisia religiosa através da parábola do bom Samaritano:

"E eis que certo homem, intérprete da lei, se levantou com o intuito de pôr Jesus em provas, e disse-lhe: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Então Jesus lhe perguntou: Que está escrito na lei? Como interpretas? A isto ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto, e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo? Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jerico, e veio a cair nas mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram- se deixando-o semi-morto. Casualmente descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente um levita descia por aquele lugar e, vendo-o também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu- se dele. E chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro dizendo: Cuida deste homem e, se alguma cousa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então lhe disse: Vai, e procede tu de igual modo." (Lc 10.25-37).


Nesta parábola percebemos nitidamente três diferentes filosofias de vida:

1 - A filosofia dos salteadores - O que é teu é meu.


Esta é a filosofia do mundo cão em que vivemos, onde muitos pisam no seu próximo e o exploram porque o importante é ter, não importando o como ser. Vemos isto acontecer de mil maneiras todos, em que verdadeiros salteadores olham para o seu próximo desta forma utilitária: "Como posso tirar vantagem dessa pessoa?" Muitos são assim usados, explorados, assaltados, porque aqueles que fazem do ter o seu objetivo perderam totalmente de vista a perspectiva do ser. 


2 - A filosofia dos religiosos - O que é meu é meu.

É o que vemos nas figuras do sacerdote e do levita. Diz o texto que vendo o homem caído passaram de largo ou de longe; ou seja, não quiseram nem ver a real condição do homem para não se envolverem nem ao menos emocionalmente. Vamos imaginar aquele líder religioso descendo de Jerusalém para Jericó enlevado pelo culto maravilhoso que havia dirigido, degustando ainda as compreensões do amor de Deus pelo pecador, ilustrado nos sacrifícios que havia oferecido, de acordo com as leis cerimoniais. Havia compreendido também que esse Deus misericordioso exigia do seu povo o mesmo comportamento para com os semelhantes. No entanto, ao ver aquele homem caído, sua mente ficou obnubilada e, talvez, tenha feito, até mesmo, críticas severas à política dos seus dias que não oferecia maior segurança contra os assaltantes: "Não posso envolver-me com isso, pois não é meu problema e, além do mais, tenho que dirigir um estudo bíblico daqui a pouco emJerico". Assim, em todo tempo, o que regia o seu comportamento era uma filosofia, ou modo de ver a vida - O que é meu é meu – É meu o meu tempo, é meu o meu dinheiro, e uso-os apenas em benefício próprio. é a lei da selva: "Cada um viva a sua vida, e o resto que se vire!". Imaginemos também o Levita que pertencia ao grande coral do templo, descendo de Jerusalém para Jerico cantarolando, com a sua voz empostada de tenor, a linda ária da qual era o solista, da cantata maravilhosa que estavam ensaiando para a Páscoa. Ao ver o homem caído passa de longe, pois sua alma sensível de artista não pode ser tocada por sentimentalismos de ajuda aos carentes, pois afinal das contas para que servem os impostos extorsivos que pagamos. "Além do mais, tenho um ensaio com o meu naipe, daqui a pouco em Jerico". Ele também estava sendo regido pela mesma filosofia - O que é meu é meu. Jesus estava atacando severamente a hipocrisia religiosa dos que têm um discurso de amor ao próximo dissociado de uma prática de serviço ao próximo.

3 - A filosofia do genuíno cristão - O que é meu é teu.


Esta filosofia é a que vemos na figura do samaritano. Curiosamente, Jesus coloca um samaritano no papel do genuíno cristão para confrontar ainda mais os soberbos judeus que tinham nos samaritanos um povo desprezível, composto por aqueles israelitas que foram miscigenados com outros povos durante o cativeiro assírio e que não foram levados para o cativeiro babilônico. Tendo ficado em Samaria durante o cativeiro na Babilônia acabaram aparentando-se mais e mais com os gentios, formando assim uma raça mesclada por judeus e gentios. Os judeus “genuínos” os desprezavam por não serem judeus puros. O samaritano passa perto e constata a seriedade da situação e envolve-se de corpo e alma. Numa leitura cuidadosa do texto percebemos que ele passou aquela noite na hospedaria cuidando do assaltado, dedicando seu tempo, seu sono, seus cuidados. Tendo que prosseguir viagem deixa-o aos cuidados do hospedeiro assumindo todas as responsabilidades financeiras. O genuíno cristão, portanto, é aquele que olha para o próximo da perspectiva de ser seu servo - O que é meu é teu.

Somos discípulos d‘Aquele que disse: "Eu não vim para ser servido, mas para servir." Esta parábola mostra-nos assim que o cristão é chamado a envolver- se como servo.  Quando saímos do nosso egocentrismo e olhamos para o outro da perspectiva correta de servos. Em Filipenses 2.3 o apóstolo Paulo exorta-nos a não fazermos nada por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros como superiores a nós mesmos. Eu sempre tive dificuldade de compreender este texto. Como poderia considerar uma determinada pessoa superior a mim se a tal pessoa não tinha nada que evidenciasse isto? No entanto prosseguindo no texto de Filipenses encontramos a resposta: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo...".

Devemos olhar para os outros sempre dessa perspectiva: Eu sou seu servo. É neste sentido que olhamos para os outros como superiores, não como melhores ou de maior capacidade, mas como alguém de quem eu sou servo. É assim no Reino de Deus. Fomos chamados para servir, e nossa vida só encontra significado quando olhamos para o nosso próximo desta maneira. Será que Jesus está ensinando, que nós, os seus filhos, somos os responsáveis em resolver os problemas de fome e miséria do mundo? Parece-me que não. A pergunta é: Quem é o meu próximo? Através desta parábola Jesus está nos ensinando a estar atentos a situações comuns em nossa vida diária que poderão exigir de nós envolvimento. Certamente, todos nós, todos os dias, vamos ter alguém que vai precisar de nós, e a nossa tendência carnal vai ser escapar. Isto não quer dizer que teremos que sair recolhendo todos os mendigos das ruas, a não ser que Deus nos faça um chamado bem específico neste sentido. Nós temos a tendência de pensar somente em envolvimento financeiro. Talvez o envolvimento financeiro seja o mais fácil. Mas, o que dizer daquela pessoa chata que quer alugar o nosso ouvido com as suas abobrinhas. Geralmente descartamo-nos de tais pessoas. Mas ali pode estar um próximo precisando de nossa atenção amorosa.

A Educação dos Filhos

Como se formam os filhos? Qual é a responsabilidade específica dos pais? Uma vez que os objetivos estejam definidos, como agir para estar seguros de alcançar estas metas importantes?

Há três áreas específicas da responsabilidade dos pais: amar, instruir e disciplinar.

1. Amar.

"Herança do Senhor são os filhos, o fruto do ventre seu galardão." (Salmo 127:3)

Parece que o natural é amar nossos filhos, no entanto, em alguns lares são cometidos as mais terríveis agressões, brutalidades e crimes contra os filhos. Amá-los significa uma completa aceitação de suas pessoas, como dádivas recebidas das mãos de Deus. Isto inclui a disposição de nos sacrificar para o seu bem. Implica um compromisso constante com Deus a fim de criá-los para a glória do Senhor. Precisamos de mais virtudes e recursos do que temos para poder cumprir fielmente esta tarefa digna. Portanto, temos que depender de Deus constantemente. Esta dependência dele nos levará a exercer fé e fará possível sua participação com graça na vida de nossos filhos, o que contribuirá para sua formação.

Devemos aceitar os filhos tal como são, com seu próprio sexo, defeitos, cor de cabelo, pele, personalidade, etc. Os filhos percebem desde cedo na vida se são aceitos ou recusados por seus pais.

É muito importante que a mãe tenha seu filho nos braços constantemente, e que além disso, tenha o costume de cantar e falar com ele, mesmo antes que possa entender completamente suas palavras. O pai também deve ser afetuoso e dedicar tempo a seus filhos pequenos. O contato físico é uma expressão muito importante de amor e carinho.

Os filhos devem se sentir confortáveis e felizes no lar. É dever dos pais prover um ambiente que conduza a sua adequada formação (isto não significa luxo, mas atenção, esmero e constância). 

2. Instruir.

"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e mesmo velho não se desviará dele." (Pv. 22:6)

Instruir significa ensinar, doutrinar, capacitar, comunicar. Da mesma forma que o amor provê o ponto de partida para a formação da vida dos filhos, a instrução articula e mostra como deve ser essa formação. Os filhos não aprendem apenas por absorção ou imitação. É necessário instruí-los.

A instrução deve servir especialmente para formar um caráter moral no filho: honestidade, justiça, perdão, generosidade, respeito pelos outros, critérios, pudor, modéstia, operosidade, diligência, etc. Devemos aproveitar todas as circunstâncias para reafirmar e reforçar estes valores morais, éticos e espirituais. 

Também é tarefa dos pais, incentivar os filhos a desenvolver sensibilidade espiritual, docilidade e boa disposição diante de Deus. As crianças devem chegar aos 6 anos pensando em Deus de uma maneira natural, como parte integrante de sua vida cotidiana. Para conseguir isso, os pais devem falar das coisas de Deus com naturalidade, levar seus filhos a ter fé e confiança no Senhor orar com eles regularmente, contar-lhes histórias bíblicas e relatos contemporâneos que destaquem o valor de um caráter nobre e da confiança no Senhor.

Devemos tomar as particularidades de cada filho como algo positivo e ajudá-lo em seu desenvolvimento, respeitando sua própria personalidade. Cada filho tem sua própria modalidade e é dever dos pais descobri-la para poder encaminhá-lo de modo adequado.

Ao instruir, os pais devem prestar atenção especial àquelas áreas que são fundamentais, tais como:

- Realizar trabalhos e cumprir ordens (primeiro nas tarefas domésticas).
- Ajudar os outros.
- Concentrar-se em seus estudos.
- Resolver problemas e discordâncias sociais.
- Formar amizades.
- Vencer a tentação e desenvolver um sentido de dignidade moral.
- Administrar o dinheiro e o tempo.
- Encontrar e conservar um emprego.
- Desenvolver uma boa relação com o sexo oposto.
- Descobrir sua vocação.

É importante elogiar os filhos quando cumprem bem com um trabalho ou levam a bom termo um projeto. A aprovação dos pais ajuda a firmar os valores positivos do caráter; faz com que os filhos se sintam reconhecidos e apreciados, e reforça sua auto-estima. Este é um elemento essencial para que alcancem sucesso posteriormente na vida.

Os filhos precisam conhecer os limites de sua liberdade. Por isso é necessário estabelecer algumas regras para o bom funcionamento e ordem na casa. Estas devem ser poucas e razoáveis, e seu cumprimento deve ser exigido. À medida que os filhos vão crescendo é necessário determinar regras claras e justas no que diz respeito a diversões e vida social. Enquanto são pequenos, é aconselhável manter as "rédeas" bem curtas, e ir afrouxando-as gradativamente à medida que forem crescendo. Tenhamos em mente que é melhor enfatizar princípios do que estabelecer regras rígidas. É necessário explicar bem as coisas aos adolescentes; isso também é melhor do que adotar uma atitude impositiva. Isto os ajuda a desenvolver critério e bom juízo, mesmo que resistam às normas estabelecidas.

Em relação à instrução, nada é mais importante que o bom exemplo dos pais. Muitos descuidam disso, e "borram com o braço o que escreveram com a mão".

3. Disciplinar.

"Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados." (Colossenses 3:20,21)

"Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho." (Provérbios 3:12)

"O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama cedo o disciplina." (Provérbios 13:24)

"Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não te exceda ao ponto de matá-lo." (Pv.19:18)

"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara a afastará dela." (Provérbios 22:15)

"Não retires da criança a disciplina; Porque, fustigando-a tu com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás sua alma do inferno." (Provérbios 23:13,14)

"A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem envergonhar sua mãe." (Provérbios 29:15)

OS VALENTES TAMBÉM CHORAM

O dicionário online wikipédia define o choro em sua fisiologia como: “O choro, pranto (choro em excesso) ou ato de chorar ou lacrimejar é um efeito fisiológico dos seres humanos que consiste na produção emgrande quantidade de lágrimas dos olhos, geralmente quando estão em estado emocional alterado como em casos de medo, tristeza, depressão, dor, saudade, alegria exagerada, raiva, aflição, etc. O sistema límbico, sistema do cérebro responsável pelos sentimentos,associa um estímulo emotivo com aqueles que já temos guardados, gerando algumas respostas, sendo que uma delas é o choro. Depois disso, várias substâncias envolvidas no processamento das emoções, como noradrenalina e serotonina, e. g., são liberadas. Através do sistema nervoso independente (responsável por ações como piscar dos olhos) causarão a contração da glândula lacrimal, liberando a lágrima”.
Ainda continua explicando o processo fisiológico do choro: “Esses fenômenos neurológicos e endocrinológicos são relacionados ao instinto de defesa do ser humano. Pode-se dizer que há alguns tipos de choro: o resultante de algum tipo de emoção espontânea ou simulada e o intermitente ou persistente, que pode surgir sem motivo e indica uma possível doença como depressão, por exemplo”.
Todos nós choramos! E confesso que o choro tem sido quase uma rotina na minha vida, por diversos motivos. Alguns ruins e outros extremamente bons. Quem nunca se sentiu triste e chorou? Quem nunca se sentiu amargurado e chorou? Quem nunca se sentiu alegre e chorou de alegria? A bíblia está repleta de pessoas que choravam. Homens, mulheres, reis, rainha, governadores, sacerdotes e profetas choraram. Alguns constantemente e outros um pouco menos. O profeta Jeremias é conhecido por ser um profeta chorão. Jesus chorou por algumas vezes também e falar isso espanta muita gente..
Jesus chorou pois era homem como todos nós. Tinha sentimentos e sentia dor. Jesus era 100% homem e 100% Deus. Chorou no Getsemani e neste dia o seu choro foi tão intenso que o seu suor transformou-se em gotas de sangue devido ao seu grande sofrimento (Lucas 22:44). Chorou ao ver Lázaro morto e suas irmãs chorando (João 11). Chorou por Jerusalém que o rejeitou (Lucas 19:41).
Fato é que valentes choram. Só os mortos não choram mais! Então você valente, que tem chorado assim como eu, existe uma bem aventurança para aqueles que choram! (Mt 5:4)
O que não podemos é viver abatidos e amargurados porque o espírito firme irá te sustentar na doença e o abadito é insuportável (Proverbios 18:14)

A Verdadeira Vida Abundante.

A ideia de vida abundante para muitos, é uma vida de alegria e conquistas.
E, na verdade, é.
Uma alegria que não depende de situações que somente alegram e conquista, no maior sentido da palavra; Superior à que satisfaz ao ego, somente.
O ouvir o som da responsabilidade ou deveres, tem dado um lugar enorme ao som “macio” da conquista de uma situação livre de pedras no caminho, para então, irmos adiante.
Fugindo desta forma de conquista, apenas, ouvimos:
“Não me fale, isso”! Eu não quero ouvir mais sobre, mais deveres, ou dificuldades, pois Jesus já conquistou tudo para mim.

O pragmatismo impensado, gritando, com toda a sua indignação em relação a esse “desconforto”, em ouvir toda a verdade, mais do que bradando para uma verdadeira conquista.
Este é o triste retrato que temos visto, sendo “pintado”; A ideia torpe fomentada.
Tem se tornado insuportável, este “peso” imposto por pregadores e igrejas que, neste “casamento”, de interesses, tem arrastado “os filhos” para um descuidado exemplo.
A vida abundante deixou de ser a vida que supera dificuldades e resiste a tempestades, para ser, simplesmente, a vida que obtém primeiro, para ser feliz depois.
Jesus conquistou de fato, uma vida abundante para nós, os que o aceitamos, sem dúvida; mas como isso tem sido deturpado!
A vida abundante é ABUNDANTE. Porém, antes disso é VIDA.
Vida é algo bem maior; Algo maior do que humanamente a sustem feliz.
“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?” Mateus, 6:25.
Não fosse assim, seria, a boa parte dos cristãos no mundo, sofredores de alguma falta, uns fracassados e, com eles, boa parte dos servos presentes no antigo e novo testamento.
Não é necessário ir muito longe para ver os frutos, destes que absorvem este ensino carente ou ignorante de um contexto Bíblico.
Nos dias atuais, o amor ao Deus da benção se esfria e com ele, todos os atributos desse amor, afinal, com a desculpa de que Jesus já pagou o preço para que tenhamos uma vida abundante, temos, é que tê-la, somente!!
Para que, o restante? De que serve pensar em outros atributos, como os frutos do Espirito, tão deixados de lado na “NEO” prática cristã que só busca para si?
É a nossa triste crença atual e inclusive cristã, do ter, que infelizmente é bem maior do que o SER.
Vida abundante é a vida que transborda de vida. Não, de conquistas materiais, de empregos e cargos e tudo o mais que a igreja entende, como sendo de direito, porque ela já sofreu muito…
Por conta de certos equívocos em relação a essa ideia de “restituição” a qualquer preço, nos tornamos bem parecidos com as classes sociais que querem mais os seus direitos, em detrimento da coletividade.
Não há como não alertar a esta igreja “consumista” de bênçãos e milagres, que não admite o viver sem eles.
Gostaria de saber onde se enquadram os que vivem uma vida de privações ao redor do mundo, ou que abrem mão de suas vidas em favor do evangelho? “Dormiram no ponto”? Estão cegos pelo pecado? São carentes de uma fé genuína?
A vida “abundante” dos cristãos que se refestelam em “shows gospels” que levam a uma expressão-carnal-santa, dentro das igrejas, não suportam nem a si, em momentos onde o Deus da benção os quer fazer crescer, o que dirá, ao restante dentro e fora dela.
O Fruto, é o amor frio, que tem “resfriado” a muitos.

Vida abundante passou a ser a vida que vai para as ruas e lá, ao invés de glorificar e anunciar o Salvador e seu amor diante da incapacidade do pecador, está mais para conquistar o direito de resposta, aos ofensores da igreja.
Deus honra a seu povo, e quer pra ele o melhor; A Igreja, deve conquistar e avançar para conquistar o mundo para Deus.
O problema, é que conquistar o mundo para Deus, é outra coisa…

Pastor Silas Malafaia fala sobre criação de filhos e crítica materialismo dos pais: “Estão ensinando que coisas valem mais do que pessoas”

A criação e educação de filhos, e as respectivas consequências dos conceitos transmitidos pelos pais foram tema de um artigo do pastor Silas Malafaia.
Segundo o pastor, é preciso que pai e mãe se empenhem na educação de seus filhos, para evitar que as crianças absorvam princípios errados e cresçam com conceitos equivocados.
“Certos pais são materialistas, e compensam sua ausência devido a compromissos profissionais dando presentes caros aos filhos, em vez de atenção, diálogo e afeto. Assim, estão ensinando aos filhos que coisas valem mais do que pessoas”, alerta o pastor.
Segundo Malafaia, a conduta de vida dos pais também possui grande peso sobre a formação dos filhos: “Outros pais têm dupla personalidade. Fora de casa, são uma coisa; dentro, outra totalmente diferente. Na casa do Senhor, aparentam ser santos, amorosos, prestativos e bons cristãos. Mas, quando estão sozinhos com os filhos em casa, esquecem todos os princípios da Palavra de Deus. Mentem, tiram vantagens dos outros, compram e não pagam”, observa.
O pastor afirma que “ninguém quer ter trabalho com nada”, e por isso, atualmente a educação tem sido baseada na praticidade: “Colocar um filho no mundo é fácil, mas educá-lo requer muita dedicação; é desgastante e demanda tempo, paciência, autocontrole e autocrítica por parte dos pais”, escreveu o pastor.
Silas Malafaia, que é psicólogo, afirma ser provável que os filhos sejam o que os pais forem: “A tarefa primordial de formar caráter e afetividade é da família, e não dessas instituições. Professores não substituem pai e mãe! [...] O maior legado que os pais deixam para os filhos é o exemplo. Os pais têm um papel fundamental na formação e educação dos filhos, fornecendo-lhes um modelo. Se este modelo for ruim, será mais difícil para o jovem desenvolver outro padrão de comportamento, pois introjetou um padrão errado”.
Confira a íntegra do artigo “Qual a relevância do bom testemunho na formação dos filhos?”, do pastor Silas Malafaia, publicado em seu site:
A Palavra de Deus orienta: Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele (Provérbios 22.6). Mas como alguém que não sabe o caminho certo instruirá outro a andar nele? Ensinará os filhos a serem determinados e a persistirem em quê? No erro? O que os pais de hoje estão ensinando aos seus filhos?
Certos pais são materialistas, e compensam sua ausência devido a compromissos profissionais dando presentes caros aos ¬filhos, em vez de atenção, diálogo e afeto. Assim, estão ensinando aos filhos que coisas valem mais do que pessoas.
Outros pais têm dupla personalidade. Fora de casa, são uma coisa; dentro, outra totalmente diferente. Na casa do Senhor, aparentam ser santos, amorosos, prestativos e bons cristãos. Mas, quando estão sozinhos com os filhos em casa, esquecem todos os princípios da Palavra de Deus. Mentem, tiram vantagens dos outros, compram e não pagam, falam mal do pastor e do patrão, veem programas impróprios para cristãos. Com sua dupla escala de valores, vivem de fachada, demonstrando não terem temor a Deus. Acabam ensinando os filhos a seguirem seu mau exemplo.
Esses pais precisam reeducar a si próprios, a fim de poder, então, ensinar conceitos e modelos adequados aos filhos. Precisam ler a Palavra de Deus e aprender com o Senhor os princípios que norteiam um crescimento gradual e uniforme, relacionamentos sadios e uma vida equilibrada e feliz, edificada sobre a Rocha.
O problema é que hoje ninguém quer ter trabalho com nada. Colocar um filho no mundo é fácil, mas educá-lo requer muita dedicação; é desgastante e demanda tempo, paciência, autocontrole e autocrítica por parte dos pais. Como vivemos numa época em que a cultura das facilidades é incentivada, os pais priorizam sua carreira e seus afazeres, em detrimento da educação dos filhos. Eles delegam essa responsabilidade à escola e à igreja. Contudo, a tarefa primordial de formar caráter e afetividade é da família, e não dessas instituições. Professores não substituem pai e mãe!
Por causa do mau exemplo dos pais, muitos jovens não temem a Deus, não honram a Sua Palavra, pecam e participam das atividades da igreja como se o Senhor não exigisse santidade. Contudo, chegará o dia em que Deus os confrontará com aquilo que eles têm ouvido na igreja.
O Senhor tratará com eles e com seus pais, como fez com o sacerdote Eli e seus dois filhos, Hofni e Finéias.
O maior legado que os pais deixam para os filhos é o exemplo. Os pais têm um papel fundamental na formação e educação dos filhos, fornecendo-lhes um modelo. Se este modelo for ruim, será mais difícil para o jovem desenvolver outro padrão de comportamento, pois introjetou um padrão errado.
A criança é como uma esponja: suga tudo o que está vendo e ouvindo de seus pais; reproduz sua conduta, suas atitudes, suas reações e suas palavras. Por quê? Porque, como um ser sociológico, o ser humano depende de outro semelhante para se desenvolver. É a partir desse outro, que funciona como um espelho, que sua autoimagem, sua autoestima e identidade são formadas.
Sugestões de leitura: 1 Samuel 2: 27-36; 3: 12-14; 4: 11-22; Efésios 6: 4

Teoria de Charles Darwin sobre o Evolucionismo cai por terra.


A revista Ciência Hoje de julho de 2011 publicou o interessante artigo “A árvore da vida”, escrito por Francisco Ângelo Coutinho, da Faculdade de Educação da UFMG; Rogério Parentoni Martins, do Departamento de Biologia da UFC; e Gabriel Menezes Viana, também da Faculdade de Educação da UFMG. Eles abrem o artigo assim: “O diagrama conhecido como ‘árvore da vida’ é uma representação gráfica da ascendência vertical de organismos a partir de uma suposta [isso mesmo, suposta] origem comum (raiz), contendo bifurcações (ramos) com extremidades que representam a diferenciação resultante do processo de especiação por meio da evolução. É uma figura poderosa, que organiza a forma pela qual compreendemos um dos aspectos importantes do processo evolutivo: o da formação de novas espécies. No entanto, pesquisas recentes lançam dúvidas sobre a adequação dessa imagem como a melhor representação para a dinâmica e a complexidade do processo evolutivo.”

Depois de traçar o histórico da figura/gráfico de Darwin, os autores explicam que “os estudos de Hennig e o aprimoramento, por outros biólogos, da sistemática filogenética levaram à consolidação da cladística, ramo da biologia que estuda o parentesco entre as espécies com base em suas [aqui também caberia um supostas] relações evolutivas. Com isso, a concepção da árvore da vida se modificou, e sua versão mais atual é representada pelos esquemas de clados (cladogramas) encontrados hoje nos livros didáticos de biologia”.

O artigo menciona também o legado de Ernst Mayr: “Nascido alemão e naturalizado norte-americano, o biólogo Ernst Mayr (1904-2005) exerceu forte influência sobre o desenvolvimento da filosofia da biologia moderna e proporcionou uma perspectiva particular sobre evolução e filogenia. Uma de suas grandes influências foi a formulação do ‘conceito biológico de espécie’: ‘espécies biológicas são grupos de populações real ou potencialmente intercruzantes que estão isoladas reprodutivamente de outros grupos semelhantes.’” [Leia também: “Biologia também é ciência histórica”.]

Ciência Hoje destaca o fato de que, para Mayr, a árvore da vida é uma árvore de espécies, representando um processo de herança vertical no qual não haveria troca de informações genéticas entre os “galhos”. Segundo o biólogo, “somente organismos sexualmente reprodutivos se qualificam como espécies”, criando o discutido conceito de paraespécies.

Os autores do texto realçam algo que os criacionistas dizem há muito tempo: parece haver intensa transferência lateral de genes entre bactérias e fungos, entre diferentes fungos e entre estes e outros organismo multicelulares. Há também hibridização, como fonte de variações limitadas que facilitam a adaptação a novos ambientes.

Transferência lateral tem que ver com informação já existente. Assim, a tal árvore da vida de Darwin, como os criacionistas sempre têm dito, estaria mais para “gramado da vida”, com a criação original dos tipos básicos de seres vivos (com seu amplo e versátil patrimônio genético) que sofreram limitadas diversificações de baixo nível. Assim, as espécies atuais seriam descendentes mais ou menos modificados das espécies originais.

Embora critiquem a validade do diagrama de Darwin, como não poderiam deixar de fazer, os autores do texto tentam, no último parágrafo, amenizar as coisas para o naturalista: “É importante, entretanto, lembrarmos da advertência do biólogo norte-americano Edward O. Wiley: ‘A hipótese da árvore, como todas as hipóteses científicas, é apenas conjectura e não fato.” Admitir isso e usar as palavras “hipótese” e “conjectura” já é um bom começo...

O blog Desafiando a Nomenklatura Científica também comentou o assunto: “À medida que os evolucionistas elaboraram mais sobre a ideia de Darwin no século 20, o conceito de uma árvore evolucionária se tornou cada vez mais fundamental para a teoria. Esta figura abaixo, de um livro-texto importante [George Johnson, Jonathan Losos, The Living World, Fifth Edition, McGraw Hill, 2008.] é típica:

“Como é explicado no livro didático: ‘Hoje os cientistas podem decifrar cada um dos milhares de genes (o genoma) de um organismo. Ao compararem os genomas de organismos diferentes, os pesquisadores podem, literalmente, reconstruir a árvore da vida. Os organismos na base da árvore são as formas mais antigas de vida, tendo evoluído bem antes na história da vida na Terra. Os galhos superiores indicam outros organismos que evoluíram mais tarde.’ [...]

“E à medida que mais dados de genomas se tornaram cada vez mais disponíveis os evolucionistas pensaram naturalmente que seria possível deduzir uma árvore evolucionária completa. [...]

“[Mas a coisa não é tão simples.] Como um evolucionista escreveu: ‘Incongruências filogenéticas podem ser vistas em toda a árvore universal, desde a sua raiz até às principais ramificações dentro e entre os variados táxons até à elaboração dos próprios agrupamentos primários.’

“Outro artigo admite que ‘quanto mais os dados moleculares são analisados, mais difícil é interpretar exatamente as histórias evolucionárias daquelas moléculas.’ Ou, ainda, como outro evolucionista propôs sucintamente, ‘a vida não é uma árvore’.”

E os livros didáticos, continuarão falando da tal árvore?