Translate

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A EXTINÇÃO DOS PROFESSORES

O ano é 2020 D.C. - ou seja, daqui a nove anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:

- Vovô, por que o mundo está acabando?

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

- Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.

- Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?

O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

- Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?

- Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.

- E como foi que eles desapareceram, vovô?

- Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.

Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer "eu estou pagando e você tem que me ensinar", ou "para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você" ou ainda "meu pai me dá mais de mesada do que você ganha". Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo "gerenciar a relação com o aluno". O professores eram vítimas da violência - física, verbal e moral - que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.

Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. "Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular", diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de ideias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.


Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas "bem sucedidas" eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão - enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.

Por Sergio Weber, Professor e Diretor Financeiro do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

VOCÊ É UMA RARIDADE



Temos a tendência de ser ingratos. Ficamos chateados com minúcias. Se as coisas não acontecem conforme planejamos, ficamos aborrecidos, reagimos com exagerada sensibilidade, resmungamos, reclamamos, ficamos melindrados e insatisfeitos. Mas nem nos damos conta como nossa vida é boa. Espero que as comparações que li recentemente em uma revista abram nossos olhos para a realidade:
A Bíblia nos exorta: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1 Ts 5.18). Veja a seguir alguns dos motivos para dar graças a Deus.
Se, para efeito de comparação, reduzirmos a 100 pessoas a população mundial de mais de seis bilhões, aplicando os mesmos critérios de proporcionalidade hoje vigentes no mundo, chegaremos aos seguintes dados: Nesse grupo de 100 pessoas teríamos 57 asiáticos, 21 europeus, 14 americanos e 8 africanos. Entre as 100, 52 seriam mulheres e 48 homens, 30 brancas e 70 de cor, 30 cristãs e 70 não-cristãs. Seis pessoas deteriam 59% do capital mundial, e estas seriam de origem européia. Oitenta pessoas viveriam em situações quase insuportáveis. Setenta seriam analfabetas e 50 não teriam roupas para se vestir adequadamente. Uma pessoa estaria morrendo e outra nascendo. Apenas uma teria computador e outra teria diploma universitário.
Pense no fato de que você – muito provavelmente – faz parte dos poucos privilegiados que vivem nesta terra e alegre-se por ser uma raridade. Pois, caso tenha acordado com saúde hoje pela manhã, você estará em melhor situação que milhões de pessoas que não sobreviverão à próxima semana. Se nunca esteve exposto ao perigo de uma guerra, à solidão de uma prisão, ao tormento da tortura ou à fome insuportável, então você vive muito melhor do que 500 milhões de outras pessoas. Se você pode ir à sua igreja sem ter medo de ser molestado, preso ou perseguido, ou até de ser morto por sua fé, estará vivendo melhor que três bilhões de pessoas. Se tem comida na geladeira, roupas em seu guarda-roupas, um teto sobre a cabeça e um lugar para dormir, então você é mais rico que 75% dos habitantes da terra. Se tem dinheiro no banco, na poupança ou em sua carteira, então você faz parte dos 8% de abastados deste planeta. Caso seus pais ainda sejam vivos e ainda estejam casados um com o outro, então, realisticamente, você faz parte de uma rara minoria. Se consegue entender estas linhas, você é um abençoado que sabe ler, entre bilhões de pessoas analfabetas.
Com certeza temos todas as razões do mundo para praticarmos aquilo que lemos em Efésios 5.20: "dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo". Ao mesmo tempo, devemos dedicar-nos inteiramente à tarefa de levar a mensagem da salvação, libertação e vida plena em Jesus a tantas pessoas que ainda não têm acesso a ela.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Apoie essa Ideia!!

POIS EU SOU VERDE
                                                                   Marcos Tunnermann

Estratégia e planejamento na Administração



Segundo Fayol (1916), administrar é uma atividade que não pode ser confundida com governar uma vez que a administração está relacionada à organização, comando, coordenação e controle enquanto que a governança consiste em assegurar que as funções essenciais da administração sejam postas em prática. São seis as funções administrativas essenciais, conforme preconiza Fayol (1916): técnica, comercial, financeira, de segurança, de contabilidade e administrativa.

Estratégia é um termo criado pelos antigos gregos e que se relaciona ao mais alto posto na hierarquia militar e pode ser indicado como o comandante-chefe. Assim, é direta a relação entre a proposição da estratégia por aquele que ocupa a mais alta posição numa organização, no caso das empresas o seu presidente e a diretoria. Já, por exemplo, no âmbito da gestão pública municipal, o prefeito e seus secretários. Tanto na gestão privada, quanto na gestão pública, este primeiro escalão é referenciado como o “nível estratégico”. A construção de planos de ação que definem como serão alcançados os objetivos definidos pelo nível estratégico é de responsabilidade do nível intermediário, referenciado como “nível tático”. A implementação dos planos de ação, seu monitoramento e correção ficam a cargo do “nível operacional” (GHEMAWAT, 2000; FERNANDES; BERTON, 2005).
A estratégia relaciona-se às diretrizes determinadas pelo mais alto nível da organização. As diretrizes estratégicas oferecem à organização o rumo que deve tomar. Tem-se desta maneira, a visão que é o objetivo principal a ser atingido e retrata onde a organização deseja chegar; a missão que é a razão pela qual a organização existe e, por fim, seus valores que são os princípios dos quais a organização não abre mão. (FERNANDES; BERTON, 2005; REZENDE,CASTOR).
A administração das organizações públicas está diretamente ligada ao cotidiano do cidadão. Proporcionar condições adequadas de convívio dos cidadãos entre si e com o poder público justifica a realização de um planejamento estratégico com o objetivo de alocar recursos de maneira eficiente e eficaz atendendo prioridades definidas pelo nível mais alto do poder público do município. (REZENDE, CASTOR 2006).


Administração e planejamento estratégico se aproximam e se complementam já que envolvem o pensamento estratégico, sua execução e controle. Como ferramenta utilizada pelas organizações, o planejamento estratégico faz parte da rotina de um administrador, ao mesmo tempo em que envolve as lideranças e os públicos com os quais a organização se relaciona.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sabedoria para 2012!!

No final de um ano e no limiar de um novo ano você certamente também já se admirou e disse: "O quê? Já chegamos novamente ao fim do ano?" Quando isso acontece, somos lembrados de como a vida humana é passageira, como o Salmo 90.9 diz tão bem: "...acabam-se os nossos anos como um breve pensamento". A nossa vida passa "como um suspiro" ou "como um sopro". Quanto mais velhos ficamos, mais rápidos parecem transcorrer os anos, pois cada um deles torna-se uma parcela sempre menor de nossa vida.

E isso volta a nos lembrar que nossa vida é limitada, que o tempo que passamos sobre a terra tem um fim. Foi isso que levou Moisés a suplicar ao Senhor: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio" (Sl 90.12). Que tipo de sabedoria Moisés pedia? Penso que foi a sabedoria de viver a vida de uma maneira que ela tenha valor diante de Deus. Nesse sentido o Senhor Jesus nos conclama a juntar tesouros nos céus (Mt 6.20) e Paulo nos exorta a buscar "as coisas lá do alto" (Cl 3.1-2). O que significa "do alto"? Paulo explica isso de maneira bem compacta nos versículos 12 a 14, mas poderíamos citar ainda muitos outros versículos bíblicos que dizem a mesma coisa:

 "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição".

Vamos investir nessas coisas celestiais durante o novo ano, para que nossa vida seja cheia de uma riqueza que permanece eternamente? Repetidas vezes, como na passagem acima, o amor é exaltado no Novo Testamento como o alvo mais elevado que existe, e esse é o amor de qualidade superior, o amor com que Jesus nos amou, dando Sua vida por nós. Os ataques do inimigo nestes tempos finais se concentram sobre esse amor supremo. Jesus nos alertou a respeito em Seu sermão profético: "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor esfriará de quase todos" (Mt 24.12).

Que façamos parte dos que se tornaram sábios pela Palavra de Deus, nos quais o amor não esfria pela injustiça que está tomando conta do mundo! Vamos nos animar mutuamente a sermos vigilantes e a orarmos para sermos considerados dignos de escapar de todas as coisas que têm de suceder e de estar em pé na presença do Filho do Homem (comp. Lc 21.36)!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

1,2,3..... muitos!!!

Continuamente somos registrados, contados e classificados. Censo, número de consumidores, estatística de usuários, levantamento de dados... As contagens mostram que somos muitos, que o mundo está cada vez mais cheio de gente e que as pessoas podem ser classificadas de muitas maneiras diferentes.

Mas isso é tudo o que o homem consegue: tentar colocar ordem no caos, atribuir sentido a um todo que parece não fazer sentido algum.

Você conhece a velha pergunta: “Por que nasci?” Sim, por quê? Faz sentido nascer, viver e morrer?
Não devemos nos admirar se tudo fica sem sentido quando nos desligamos de Deus. Ele tem um plano para nossa vida. Não podemos esperar encontrar sentido na vida se vivemos contrariando Seus projetos. Mas continuamos tentando. Somos teimosos. E o resultado é um mundo que parece um formigueiro, cheio de pessoas andando em todas as direções, menos na única direção certa, que é aquela que Deus quer. Uma, duas, três... muitas. Não é possível contar todas as pessoas que vivem sem sentido na vida. Você é uma delas?

A boa notícia é que o sentido da vida pode ser encontrado, que há razão para viver. Foi para isso que Jesus morreu e ressuscitou. Crendo nEle podemos chamar a Deus de Pai e nos tornar infinitamente valiosos para Ele. Nossa vida adquire sentido. Para Deus não sumimos na multidão. Ele não apenas nos conta e nos registra. Ele pensa em nós. Em cada um de nós. Não somos minúsculos grãos de areia perdidos no espaço. Somos amados por Deus.

Aproveite essa chance! Não se esconda. Busque a Deus!

O MELHOR PRESENTE DE TODOS


O Natal é a época do ano em que enfrentamos shoppings lotados, gastamos até o último tostão e estouramos o limite do cartão de crédito tentando comprar presentes para todos os que amamos – e até para alguns que não amamos.

Mas o maior presente de todos não custa nem um centavo. Não é preciso ficar em pé numa loja apinhada de gente esperando ser atendido para poder comprá-lo. Não é preciso esvaziar a carteira para pagar por ele. E não é preciso sacar o cartão de crédito e acrescentar mais um débito à sua conta já sobrecarregada.

De fato, não é possível comprar esse presente. Tudo o que podemos fazer é recebê-lo. Outra pessoa o comprou para nós. E lhe custou tudo o que tinha.

Na verdade, ele é um presente de muitas facetas, como uma jóia – mas muito melhor. Ele nunca sai de moda. Não se pode perdê-lo. Ele não pode ser arrancado, nem roubado. Ele jamais se quebra, nem precisa de conserto. Não precisamos comprar uma garantia para ele. Além disso, à medida que o tempo passa, ele vai melhorando cada vez mais.

Esse presente existe em quantidade suficiente para todas as pessoas do mundo. Infelizmente, muita gente não sabe nada a respeito dele, ou não entende que tudo o que precisa fazer é pedi-lo. Ninguém jamais tem seu pedido recusado.

Esse é o melhor presente de Natal que alguém pode receber. Aqui estão algumas coisas que vêm junto com ele: perdão dos pecados (Ef 1.7), paz (Jo 14.27), amor (Rm 8.35), vida eterna (Jo 3.16), vida abundante (Jo 10.10), a garantia de uma herança (Ef 1.3,11,14) e um corpo novinho em folha, no futuro (1 Co 15.50-54).

Para receber esse presente, tudo o que você tem a fazer é concordar com Deus e admitir que você é pecador. A Bíblia diz: “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque” (Ec 7.20). Se você já fez alguma coisa que o próprio Deus não faria, você está fora dos padrões dEle (Lv 20.7; Rm 3.23). Portanto, está qualificado a receber esse presente. Na verdade, você precisa dele. Foi por isso que Deus o preparou para você.

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo [o Messias] morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Jesus recebeu o castigo pelos pecados que você cometeu, porque Ele o ama. E, porque Ele é Deus, ressuscitou dentre os mortos e está pronto a dar-lhe o presente da vida eterna. Tudo o que você tem a fazer é pedir.

Mas como você pode ter certeza de que Ele realmente lhe dará esse presente? Porque Ele mesmo diz: “O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37). “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).

Você não gostaria de receber agora mesmo o presente da vida eterna que Deus tem para lhe dar? Basta pedir. Será o melhor presente que você já ganhou na vida. E não existe melhor época para recebê-lo do que agora

EU, EU, EU, HUMILDADE MINHA GENTE!!!

A revista alemã "Focus" publicou uma reportagem sobre o tema "Eu, eu, eu". Ela tratava do culto ao eu – que aumenta cada vez mais em meio à nossa população – no qual cada um se considera cada vez mais importante. Cresce a sociedade que quer levar vantagem em tudo, que não recua diante de nenhum meio para alcançar seus objetivos. É indiferente se outros têm de sofrer com isso – o que importa é que se consiga o primeiro lugar. Um dos lemas em curso entre a juventude é: "Eu sou mais eu".

Também esta é mais uma prova de que a Palavra de Deus é confiável, pois ela diz o seguinte acerca dos "últimos dias": "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mt 24.12).

Quem não cuida e não vigia, torna-se cada vez mais egoísta e nem o nota, mesmo sendo cristão. O egocentrismo, o culto ao eu se infiltra onde a Palavra de Deus é deixada de lado – e com isso é deixado de lado o relacionamento íntimo com Jesus Cristo. David H. Stern traduz essa passagem muito acertadamente da seguinte maneira: "O amor de muitas pessoas esfriará porque a Torá se afasta cada vez mais delas" (Novo Testamento judaico). Não se convive mais com a Sagrada Escritura. Mas é só através do contato com a Palavra de Deus, através do amor do Espírito Santo e da comunhão com Jesus Cristo que adquirimos a capacidade de sermos humildes.

Satanás abandonou a Palavra de Deus por seu orgulho sem limites – e caiu. Igualmente cristãos que não mais são dirigidos pela Palavra de Deus e pelo Seu Espírito Santo se tornam vítimas do orgulho. Tornam-se ambiciosos e se acham cada vez mais importantes – e a causa de Jesus é empurrada para segundo plano.

No Evangelho de Lucas um acontecimento nos mostra como o orgulho se manifesta e quais as suas conseqüências: "Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhe uma parábola: Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, e te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas. Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lc 14.7-11).

O SENHOR SABE QUANDO SOMOS ORGULHOSOS

Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares..." O orgulho é uma coisa que nós, como filhos de Deus, não gostamos de expor publicamente, pois sabemos que é constrangedor quando é notado.

O orgulho começa no coração. O orgulho é algo sorrateiro, que entra devagarinho em nosso coração, mudando nossa motivação e mudando a base de nosso querer e de nosso agir. Em geral não usamos de violência para chegar mais à frente. Tudo começa muito sutilmente, nos insinuamos com cuidado. Fazemos um jogo duplo com outros, colocando o olho nos melhores lugares.
O Senhor olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).
Não creio que as pessoas da nossa história foram derrubando cadeiras e mesas para chegarem à frente e alcançarem os melhores lugares. Provavelmente eles foram cuidadosos e educados, mas agiram com um alvo em vista, que era o de ocupar o lugar de honra. Mas o Senhor o notou! Pensemos nisso: o primeiro que descobre orgulho em nossa vida é o Senhor – e Sua reação não se fará esperar. Ele olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).

O CAMINHO PARA A VERDADEIRA HUMILDADE


Só através de muita oração, e não através do simples pedido: "Senhor, humilha-me!" é que chegamos à humildade; somente através de uma decisão consciente de nossa vontade, que se transforma em ação, é que chegamos à humildade verdadeira. Jesus Cristo humilhou-se a si mesmo, pois a Bíblia diz: "...a si mesmo se humilhou" (Fl 2.8). Ele disse: "...agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei" (Sl 40.8).
Na nossa parábola, o Senhor mostra como se pratica a humildade:
– "...não procures o primeiro lugar..." (Lc 14.8);
– "...vai tomar o último lugar..." (v. 10);
– "... o que se humilha..." (v. 11).
É imprescindível assumir uma atitude como João Batista teve, quando disse, olhando para Jesus: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.30). É por isso que João Batista era tão grande aos olhos de Deus. O Senhor testemunhou acerca dele: "Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João" (Lc 7.28). Por isso é tão necessário eleger diariamente o caminho da humildade e ficar nele: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte" (1 Pe 5.6). Amém. (Norbert Lieth


CARTA ABERTA AOS VERDES


 Hoje enfrentamos racionamento de água em cidades como Novo Hamburgo e São Leopoldo, o rio Gravataí é um dos mais poluídos do país e o programa pró-Guaíba está abandonado desde o governo estadual anterior, dependendo agora de obras de saneamento de um programa municipal. A área rural de Porto Alegre, que ainda é de extensão significativa em relação a outras capitais, enfrenta pressões para sua descaracterização e já é tida como “rururbana”. No Rio Grande do Sul não ocorriam ciclones, nem eventualmente, até o início dos anos 2000, possibilidade esta que havia sido prevista apenas por José Lutzemberger ao alertar para a crise do clima com sua frase emblemática de que as áreas verdes “não são o pulmão, são o ar condicionado do planeta”.
O desafio do século XXI, todos sabemos, é a transição responsável para outro modelo de desenvolvimento, com novas tecnologias e ações efetivas de preservação do patrimônio ambiental do qual dependemos para nossa sobrevivência, a começar pelas florestas e rios. Se cabe a todos nós essa responsabilidade, é necessário que as instituições sejam instrumentos através do qual a sociedade empreende as ações pela sustentabilidade.
Os partidos políticos estão entre essas instituições que devem servir para a transformação social, com programas de governo eficazes, com capacidade de gerar respostas para os graves problemas atuais, como os exemplificados acima. Constatamos, agora, a crise de representatividade do atual sistema político brasileiro, no qual a proposta de desfiguração do Código Florestal, rejeitada pela ampla maioria da população, foi aprovada pela maioria do Congresso Nacional. Aos interesses do lucro imediato da bancada ruralista, irresponsável em relação ao patrimônio ambiental, se opuseram apenas as bancadas do PV, do PSol e setores do PT, dentre dezenas de siglas existentes. É verdade que apenas 5% dos crimes ambientais são enfrentados no país, na prática, como lembrou Fernando Gabeira. Nosso desafio é aumentar esse índice, ao invés de abrir mão dos instrumentos legais de proteção não só à qualidade de vida, mas à própria sobrevivência da espécie humana.
O Partido Verde de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul recebem a expectativa da população de que lutem por estas causas. Por este motivo durante dez anos, iniciados em 2002 e até o final de 2011, estive envolvido em reuniões, eventos, elaboração de programas de governos, campanhas e convívio dentro do PV gaúcho, sempre ao lado dos que lutavam para que a sigla cumpra a promessa que traz no nome, por muito tempo na oposição interna e por isso sem ocupar cargos. Nos últimos dois anos, desde 2009, participei mais diretamente da renovação da liderança partidária e através de pré-convenção fui eleito para representar o PV no cargo majoritário da campanha de 2010. Neste período, houve sintonia entre nossas convicções e o partido todo, resultando em boa imagem perante a população.
O PV programático de cuja direção participei, com muita honra, teve seminários para construir programas de governo e propor políticas públicas para educação, saúde, segurança, transportes, habitação, geração de emprego e renda, novas tecnologias, que levaram o PV ao quarto lugar nas eleições ao governo do Estado em 2010.
No atual momento, que poderia ser a continuidade deste Partido Verde programático no qual me inscrevi entre seus dirigentes, existem outras questões estratégicas a serem consideradas.
Nos últimos dias, nas tratativas para as eleições 2012, ficou claro para mim, finalmente, que não existe mais a sintonia entre este ex-candidato e a direção do partido ao qual representei em 2010. Ficou evidente que um ciclo havia se encerrado. Mais simples que aprofundar essa seara de discórdia é simplesmente, desde já, solicitar minha desfiliação.
Por dez anos tive a oportunidade de conviver e tentar ajudar o PV gaúcho a encontrar o seu melhor destino, para que fosse mais que uma sigla e estivesse de fato à serviço da sociedade civil e da causa ambiental, tão urgente, para construir um modelo de desenvolvimento que mereça o nome de sustentável e não seja apenas peça de marketing político. É isso que a sociedade sempre esperou e continuará esperando do PV.
Deposito nas novas gerações, nos mais jovens, a esperança da continuidade dessa luta pela causa dentro do PV. Tenham em mim, sempre, um aliado sincero dos verdes autênticos, agradecido pela oportunidade desse convívio de uma década que muito me ensinou.
A política partidária é fundamental mas não é a única forma de contribuirmos com a sociedade. Nesse momento, serei mais útil à causa em outras trincheiras, de onde torcerei para o sadio crescimento do PV. Valorizo apenas as boas experiências e não levarei memórias de ofensas pessoais, que deixo no passado ao me desligar, não participando mais assim de quaisquer conflitos por posições diferentes dentro do partido.
Dizem que as instituições são maiores que as pessoas, pois estas são passageiras. Quero acrescentar que as causas são maiores que as instituições e se estas existem é para que sirvam às boas causas. No serviço em prol das boas causas, levo a convicção de que poderemos nos encontrar mais adiante, em todas as tarefas aqui exemplificadas, nas lutas pelo bem comum que a sociedade espera de cada um de nós.
Recebam um abraço,
do Montserrat Martins